Não foi uma, não foram duas nem três as vezes em que já manifestei meu horror de andar de avião. Sofro por antecipação, acordo estressada no dia da viagem, entro no avião olhando para o rosto de todos os passageiros que estarão naquela viagem fatídica comigo, acompanho cada passo das aeromoças, não converso com nada nem com ninguém, choro em turbulências e só viajo sentada na janela e olhando através dela. Passo a viagem inteira com o nariz grudado na janela olhando para baixo. Se o avião cair, serei a primeira a perceber e fazer alguma coisa. Isso é o que eu acho.
É o único momento da vida em que o animal me respeita, não implica e fica bem quietinho dentro da casinha. Não incomoda, não dá um pio. Um anjo de criatura.
NÃO SOU LOUCO DE ME MANIFESTAR
Tudo quanto é assunto relacionado a avião e aviação me interessa. Leio, leio, leio, leio tudo na tentativa de entender cada vez mais como funciona aquela geringonça. O objetivo é fazer parte da porcentagem da população que acredita ser o avião o meio de transporte mais seguro do mundo. Minha razão sabe que é. Meu coração não acredita.
: Avião, meu mal necessário
: Não somos convidados da Osklen
Quando há alguma tragédia aérea (toc toc toc, bate na madeira), leio tudo que sai em todos os veículos de comunicação. Meu marido diz que é uma mania mórbida que tenho, mas não é. Só quero estar informada. Hoje estava lendo algo mais divertido sobre aviação. É uma lista com os 10 hábitos mais irritantes a bordo de um avião.
Trata-se de uma pesquisa encomendada pelo site de turismo Expedia que apontou as atitudes a bordo de um avião que os passageiros americanos consideram mais irritantes. O levantamento realizado pela consultoria GfK ouviu 1.000 viajantes, que citaram barulho, odores e chutes como fatores que acabam com o bom humor nas viagens.
A pesquisa apontou que 36% dos americanos pagariam mais para poder viajar em uma área mais tranquila do avião e que 78% até toleram uma conversa rápida durante o voo, mas preferem mesmo é ficar em silêncio.
EU MATO SE ALGUÉM PUXA CONVERSA COMIGO
Confesso estar de acordo com a maioria dos americanos nesses 10 comportamentos insuportáveis dentro de um avião. Vamos a eles – e às minhas observações ao final de cada um, já que o blog é meu e eu faço o comentário que bem entender.
O avião mal pousou e alguns passageiros mais desesperados já se levantam e até pulam sobre quem está ao lado para ficar no corredor esperando a abertura das portas. Para 35% dos entrevistados, esse tipo de atitude, além de desnecessária, é muito deselegante. OBS DA MARIANA: agora me diga de que adianta o vivente levantar correndo da poltrona enquanto a porta do avião NÃO ABRE?
Sem se importar com quem está logo atrás, o que importa para alguns passageiros é reclinar ao máximo a poltrona. Esse comportamento foi apontado por 37% dos americanos entrevistados como “irritante”. Brigas por mais espaço entre as poltronas já provocaram desvios de voos nos Estados Unidos recentemente.OBS DA MARIANA: Olha, eu concordo que é irritante estar atrás de alguém que reclina a poltrona tudo que pode. Mas a culpa não é do passageiro, vai dizer? Ele está no direito dele de reclinar a poltrona; culpadas são as companhias aéreas que fazem essas gaiolas voadoras.
Alguns passageiros simplesmente se recusam a despachar suas malas, lotando o bagageiro. No levantamento, 39% dos entrevistados consideraram esse hábito irritante. OBS DA MARIANA: tipo de coisa que não me afeta.
Há quem goste de aproveitar o tempo livre durante um voo para conhecer pessoas. Mas, para 43% dos americanos entrevistados, quem puxa papo acaba se tornando um chato. OBS DA MARIANA: como já disse anteriormente, sou capaz de voar na jugular de quem ousa puxar qualquer tipo de conversa comigo, sem respeitar aquele meu momento de puro pânico.
Pessoas que exageram na bebida a bordo são um aborrecimento para metade dos que responderam à pesquisa. A Expedia observa que, enquanto metade dos passageiros fica irritada com quem bebe demais durante voos, apenas 12% dos americanos afirmam beber mais do que duas doses quando viajam de avião, seja a bordo ou enquanto aguardam no aeroporto. A conclusão da empresa é que quem exagera é considerado particularmente insuportável. OBS DA MARIANA: nunca topei com um passageiro embriagado. Sobre minha pessoa, em viagens longas, além de me dopar de remédios eu bebo umas três doses de vinho para cair dura, jamais para incomodar alguém.
Passageiros que conversam, jogam videogames ou escutam música em volume alto foram alvo de reclamação de 51% dos entrevistados no levantamento encomendado pela Expedia. OBS DA MARIANA: meu maior problema não é quem conversa (desde que não seja comigo), joga videogame ou escuta música a fim de estourar os próprios tímpanos. Meu maior problema é quem come o raio do pacote de amendoim oferecido pela companhia e faz feder o avião inteiro.
Quem exagera no perfume ou se esquece do desodorante também incomoda. Na pesquisa, 56% das pessoas apontaram odores desagradáveis como um aborrecimento durante voos. OBS DA MARIANA: não sei o que pode ser pior. Se o exagero no perfume doce, que me provoca uma dor de cabeça imediata, ou um vivente que não sente o próprio cheiro do sovaco. Esse dá vontade de esganar.
Passageiros inquietos, que usam pés e joelhos para chutar quem está sentado logo à frente lideram a lista de reclamações da pesquisa encomendada pela agência americana Expedia. O levantamento mostrou que 67% dos entrevistados acham os ‘chutadores’ irritantes. OBS DA MARIANA: tenho um caso para contar sobre esse tópico. Já contei, inclusive, em um post aqui no blog. Uma adorável criança passou metade da viagem chutando meu banco, eu pedindo com educação para que parasse, o pai e a mãe vendo tudo, e a criança chutando o banco. Só parou quando meu marido disse: “Ela tem um problema sério. Quando chutam a poltrona dela, ela vomita. Mas ela vomita pra trás. Se tu chutar mais uma vez, ela vai vomitar em ti”. Nunca mais aquele pezinho fez qualquer movimento.
Pais que se distraem ouvindo música, lendo ou assistindo a filmes e deixam as crianças correndo pelos corredores ou fazendo bagunça irritam 64% dos entrevistados. Na pesquisa anterior, realizada no ano passado, os pais indiferentes lideravam as queixas dos entrevistados. OBS DA MARIANA: não entra na minha cabeça pais que deixam filhos fazer o que bem entendem seja dentro ou fora de um avião. Quando se trata de estar dentro de um avião, a 11 mil metros de altura, entra menos ainda. Assim é fácil ter filhos, vai dizer?
Sim, acabou.
Pois é, não sei onde coloquei… Acho que apaguei sem querer…
QUANDO EU DIGO QUE ESSE BLOG É UM DESSERVIÇO, ELA BRIGA COMIGO