Então as férias, ou melhor, as pseudo férias, visto que trabalhei durante todo o período (em slow motion, mas trabalhei), terminaram. Debandamos de Punta del Este domingo por volta de 4h da tarde e chegamos em casa perto de 1h da madrugada. Viagem tranquila, graças a Deus – inacreditavelmente tranquila naquele trecho Pelotas-Porto Alegre, uma espécie de trem fantasma da série salve-se quem puder.
Minha mala, obviamente, ainda jaz intacta no chão do closet. Porque cheguei, molhei as plantas, fiquei embasbacada com a lindeza dos meus pés de manjericão (obrigada, Rosa, você foi uma mãe para eles), abri a geladeira e constatei o óbvio: nada para comer no café da manhã. Então, acordei – um pouco tarde, é verdade -, dividi com o Chico meia xícara de leite para cada um (e foi isso) e saí me descabelando para o Zaffari Higienópolis.
RESULTADO DE DUAS HORAS PEREGRINANDO NOS CORREDORES DO SÚPER
Voltei empolgadíssima com nossas comidinhas durante as férias em Punta e as idas ao Porto para comprar peixes e frutos do mar. Então, no carrinho, além do básico papel higiênico, saco de lixo, sabonete, desodorante, frutas, verduras e blablablá, incluí também três filés frescos de brótola comprados na peixaria do súper e um saquinho de camarão pré-cozido congelado. Então, achei que merecíamos uma paellera e uma frigideira de presente, subi até o bazar, perdi mais algumas horas distraída por lá e voltei com esses dois imprescindíveis utensílios domésticos da Multiflon (não conhecia esta marca, achei linda!) para quem quer começar a fazer mais frutos do mar em casa e chamar os amigos para experimentar.
Olha a paellera!
OOOOOOHHHHH!!!!
Peguei esta foto no site! Foi comprada pensando nos amigos!
Olha a frigideira!
OOOOOOOHHHHH!!!
Foi comprada pensando em jantares a dois!
Ontem, na estrada, Chico e eu vínhamos conversando sobre essa história de comer mais em casa e de como isso é confortável. Sabe o ditado “a dor ensina a gemer?”. Pois então: lá em Punta, com os preços nas alturas nos restaurantes – e não valendo a pena gastar para comer o que esses restaurantes ofereciam (fazíamos tão bom quanto em casa com ingredientes frescos e uma vista de cinema da varanda do apartamento) -, começamos a experimentar pratos novos e fomos pegando gosto pela coisa.
Quando as férias permitem tempo para aprender a fazer ceviche
Então, vínhamos conversando na estrada sobre o que mais podíamos pesquisar para aprender e tal. Podíamos pesquisar novas receitas de peixes, risotos, coisas para fazer na nossa panela de Wok… O céu é o limite. Eu ia conversando com ele e dando uma olhadinha nas notícias da internet quando de repente, não mais que de repente….
– O que é isso, Mariana? – ele perguntou, rindo, enquanto me espiava.
– Escuta esta notícia que acabo de ler no site Veja.com.: “Nina Horta diz que o chique agora é comer em casa”! – falei.
– Sério? – ele riu.
– Siiim! Peraí que vou tentar abrir para ler a notícia.
Só que a notícia não era de ler, era de assistir. Era o programa Bons de Garfo em que Nina, uma das maiores críticas de comida do país (que eu amo de paixão ler!!!) e colunista da Folha de S.Paulo, participa na TV Veja. Para quem quiser assistir o episódio na íntegra, este é o link: http://veja.abril.com.br/multimidia/video/nina-horta-o-chique-agora-e-comer-em-casa
NINA É ESTA SENHORA MUITO SIMPÁTICA
No programa, ela diz:
“Para saber o que está na moda, primeiro você tem que botar a mão no bolso. Para saber o que é chique tem que saber antes qual é a quantidade de dinheiro que você tem. Quase ninguém hoje em dia está com um tostão no bolso. Então, o chique agora é comer em casa. A gente sempre dá um jeito de fazer do momento em que estamos vivendo algo mais glamouroso. Hoje, a realidade mostra que ninguém mais pode comer fora o tempo todo. Isso é para os endinheirados, que são poucos. Então, a solução para a maioria das pessoas é o homem ir aprendendo a fazer um risotinho (Nina ouviu tuas palavras, Chico!!!), a mulher também junta duas coisinhas ali e pronto. Moda tem que ser aquilo que você pode fazer. No momento em que você faz o que não pode, já não é moda. Quando falo em comer em casa, não é apenas comer. É o fazer, lidar com ingredientes, lidar com o fogão, comer conscientemente”.
Somos chiquérrimas! Faz uns dois anos que eu honestamente enjoei de comer na rua e depois que passei a fazer as contas me dei conta que com o valor de um xis filé com bacon eu faço uma comida simples, deliciosa, sem gordura e ainda escolho a trilha sonora e componho a mesa conforme minha vontade. Meu namorado e meus amigos amam, pedem “junção” toda semana. É bom demais.
Parabens!! Sucesso com as panelas, eu comecei assim ha 7 anos atras e hj cozinho super bem!!
Hum e adorei a historia do ape em Punta, ja fui algumas vezes mas sempre eh hoteis q tbem sao caros…se puder me dar algumas dicas de como algugar p verao! Adorei La Barra e Jose Ignacio.
Beijos
Oi, Marley! Há um site bem bacana http://www.apuntavamos.com. Lá tem várias ofertas de apartamentos para alugar. Acredito que via Airbnb também surjam ótimas ofertas. É muito mais em conta alugar um apartamento do que ficar em hotéis. Abs. MK
Ameiii!!! Já sabia que era muito chic!! Kkkk… Agora está provado!!! Beijoooo
Excelente! É isso mesmo! Me recuso a pagar uma quantia exorbitante no restaurante, por uma comida “meia-boca”!
Mariana,
A única coisa que acho não muito chique são os camarões pre-cozidos. Um dia aprendi com um pescador, e vi ele fazer, que eles são assim pq estão estourando o prazo de validade e, cozidos, ganham mais tempo. E congelados ainda mais…..
Mas, claro, são mais baratos que os “in natura” o que torna-os “chiques”.
Socorro, Almir!! Sério!!! Abs. MK