A região do Vêneto, na Itália, é conhecida pelos bons vinhos. Um dos tintos mais importantes e famosos é o Amarone. Elaborado na região da Valpolicella, um conjunto de colinas localizadas ao norte de Verona, o vinho é concentrado, com teor alcoólico nunca menor do que 14%, podendo atingir 17%. Esses altos índices alcoólicos são resultado de uma técnica usada na sua elaboração, o apassimento das uvas.
MOMENTO DO APASSIMENTO DAS UVAS
No entanto, para que essa técnica dê certo e se obtenha um vinho de qualidade é preciso ter muito cuidado com a colheita da uva. Os cachos devem estar maduros, e a sanidade das bagas deve estar perfeita para não causar futuros problemas com a qualidade do vinho.
Depois de colhidos, ao invés de serem esmagados e fermentados, os cachos da fruta são colocados cuidadosamente em caixas ou esteiras por quatro a cinco meses para desidratar até se tornarem quase uva passa. Os locais onde a uva permanece por esse período chamam-se “frutaios”.
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Pela legislação italiana, para elaborar um Amarone, ou qualquer outro tinto da Valpolicella, é necessário que o vinho apresente de 40% a 70% da cepa Corvina, 20% a 40% de Rondinella, 5% a 25% de Molinara, até 15% de Rossignola, Negrara, Barbera ou Sangiovese e até 5% de outras variedades. Saiba mais sobre essas uvas acessando http://www.bonvivant.com.br/2014/05/23/encorpados-e-intensos/
MOMENTO DE DEGUSTAR UM DELICIOSO AMARONE
O Amarone é um vinho encorpado e com excelente complexidade aromática. Aparecem com destaque as frutas passas, cristalizadas e as secas. Em exemplares com mais anos de envelhecimento, também sente-se as especiarias. É um vinho com alta graduação alcoólica, e isso faz com que em boca ele seja até um pouco adocicado. Os bons amarones conseguem equilibrar o álcool, os taninos e a acidez. O ideal não é beber o Amarone muito jovem. O melhor é apreciá-lo com, no mínimo, quatro anos. Na hora de servir é importante que o líquido seja decantado por no mínimo uma hora.