Bento jaz na pose “mezzo dos ladeados mezzo de pelotas” neste momento, início desta quinta-feira. Não é pra menos. O animal viu fantasmas, vampiros e assombrações esta noite. O altivo xerife, aquele da estrela no peito, o malandro do colar de mano, a independente e irônica criatura que adora soltar umas piadas engraçadinhas sempre que pode se percebeu em maus lençóis na madrugada.
Se algo muito grave aconteceu? Apenas chuvas, raios e trovoadas lá fora.
Acordei, ou melhor, fui acordada por volta de 2h da madrugada com um miado no meu ouvido. Era o animal, sobre as duas patas traseiras, com a fuça encostada na minha cara querendo subir na cama. O animal odeia subir na cama. O animal odeia qualquer tipo de contato físico comigo (a menos quando quer alguma vantagem, como passear ou fugir dos trovões). Pois ali estava o animal, às 2h da madrugada, rabinho entre as pernas, reconhecendo que precisava de colo.
Realmente chovia bastante, trovejava bastante. Como a porta do quarto estava aberta, de vez em quando se notava uns clarões dos relâmpagos no corredor emanando a luz para próximo da cama. O animal, em vez de deitar e dormir, uma vez que já havia subido e conquistado seu espaço, permanecia sentado, estaqueado e com os olhos esbugalhados olhando para a porta que dava para o corredor.
Só que o animal é acalorado, então ele não consegue ficar muito tempo próximo do calor humano. Foi assim que pediu para descer da cama. E pediu para subir depois. E pediu para descer. E pediu para subir, e pediu para descer, subir, descer, subir, descer, subir, descer.
Só terminou com a brincadeira da gangorra e me deixou dormir quando a chuva cessou, duas horas e tanto depois. Mas então, como o animal veio ao mundo a passeio e levanta na hora que bem entende, agora está aí, sem saber se escolhe a posição dos ladeados ou a posição de pelotas. Já eu, a pobre bicho que precisa trabalhar para trazer a ração pra dentro de casa, estou aqui, feito um zumbi, com aquele olhar parado de quem dormiu menos da metade do que precisava.
ELA TEM MUITA PACIÊNCIA COM O BENTO
FALA DO MEU ENCONTRO PET NA ESTAÇÃO ZH
Não bastasse estar mezzo de pelotas e mezzo dos ladeados enquanto eu tento fazer quatro coisas ao mesmo tempo, o animal ainda dá ordens. Mas eu vou obedecer sob pena de ele ficar matraqueando nos meus ouvidos e não me deixar trabalhar. É o seguinte: no próximo sábado, dia 18 de outubro, das 15h às 16h, Bento, Olivia e eu estaremos ali na Estação ZH no Parcão – a segunda casa do animal – participando de um encontro pet.
O que vem a ser este encontro pet: as gurias que trabalham na Estação ZH convidaram nós três para um momento de cheirar gramas e bater papo. É uma espécie de confraternização entre donos de cachorros.
Bento e eu tivemos a ideia de convidar a Dra. Rosana Pacheco, uma das veterinárias do animal, para um bate-papo do tipo “tire agora todas as suas dúvidas”. Porque a ideia é, além de um cheirar a bunda do outro (desculpem o palavreado, mas é isso que eles fazem mesmo), promover um momento “conteúdo”, sabe assim?
DIZ PRA DRA.ROSANA NÃO LEVAR O TERMÔMETRO
Não te preocupa, meu bem. Não é disso que se trata. A Dra.Rosana vai levar a lhasa dela em vez do termômetro. E a ideia é promover esse encontro informal de falar sobre cachorros, suas delícias e suas mazelas. Então, esta é uma espécie de Save the Date, ok?
Se chover, o encontro será transferido. Daí eu aviso. Se estiver um dia bonito, está marcadíssimo: apareçam. Se estiver nublado com cara de chuva? Para isso eu ainda não tenho resposta, mas terei até a manhã de sábado e posto na nossa fanpage no Facebook – que quem não curtiu já deveria ter curtido.
DESSE JEITO NINGUÉM VAI APARECER
ELES SABEM QUE ESTOU BRINCANDO