Neste domingo 26 acontece mais uma edição da premiação mais importante do cinema mundial, a festa do Oscar, em Los Angeles. Quantos atores e atrizes anseiam pelo papel de suas vidas para levar a estatueta para casa? Um papel em que tenham a oportunidade de demonstrar todo seu potencial, presença e versatilidade diante das câmeras de forma que o trabalho seja agraciado com este título máximo?
Neste ano, Emma Stone disputará o prêmio com Natalie Portman e Meryl Streep. Ryan Gosling entrará na corrida contra Casey Affleck e Denzel Washington. O que a ciência acaba de revelar em um estudo recente é que a probabilidade de arrebatar o Oscar não depende apenas de suas respectivas atuações.
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O estudo foi realizado pela Universidade de Queensland, na Austrália, que se dedicou à análise dos vencedores nas categorias Ator e Atriz, tanto dos Oscar como dos BAFTA, nas últimas quatro décadas. Conclusão: em comum, os premiados reuniam outros fatores que não unicamente o fato de terem sido melhores intérpretes. Os pesquisadores encontraram características em comum nesses atores e atrizes que os tornavam mais “oscarizáveis” que seus concorrentes. Observando exemplos recentes, comprova-se a tese. Vamos ver?
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1) Diga-me com quem andas e te direi se podes ganhar um Oscar
A nacionalidade é um fator muito relevante para ganhar os principais prêmios do cinema, especialmente a americana. Mais de 50% dos vencedores de Oscar e BAFTA analisados tinham nascido nos Estados Unidos. Ou seja, as estrelas americanas conquistaram 52% dos BAFTA e 69% dos Oscar. Para efeito de comparação, os britânicos levaram 34% de BAFTA e 18% de Oscar.
Com esta premissa, poderia-se afirmar que, neste ano de 2017, Emma Stone e Meryl Streep, ambas americanas, teriam mais possibilidade de ganhar a estatueta do que Natalie Portan (dona de dupla nacionalidade – americana e israelense), Ruth Negga (etíope-irlandesa) e Isabebbe Huppert (francesa). No elenco masculino, Denzel Washington, Casey Affleck e Viggo Mortensen teriam mais chances do que Ryan Gosling (canadense) e Andrew Garfield (britânico)
2) A temática, também americana
Se a história do filme está relacionada com acontecimentos ligados à cultura americana, também aumentam as possibilidades de vencer. Oitenta e oito dos vencedores participaram de filmes relacionados a grupos sociais ou à história americana.
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3) Personagem que exija complexa transformação física
Se o personagem requereu uma grande transformação física por parte do ator e da atriz, aumentam muito as possibilidades. Basta lembrar de Charlize Theron (Monster), Natalie Portamn (Cisne Negro), Matthew McConnaughey e Jared Leto (Clube de Compras Dallas), Leonardo DiCaprio (O Regresso). O caminho rumo ao Oscar torna-se mais curto na medida em que aumenta a quantidade de maquiagem e quilos a mais ou a menos na balança.
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4) Interpretar um personagem problemático
Seja por doença – vide Julianne Moore em Para Sempre Alice -, seja por uma cruzada emocional (Kate Winslet em O Leitor) ou por orientação sexual (Sean Penn em Milk), dar vida a alguém que “fuja do normal” encanta os acadêmicos.
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5) A morte lhes cai bem
Russell Crowe morreu e Gladiador, Tom Hanks morreu em Philadelphia, Roberto Benigni morreu em A Vida é Bela, Sean Penn morreu em Milk – A Voz da Igualdade. Todos levaram a estatueta pra casa. No caso das atrizes, a morte também rendeu Oscar para Hillary Swank (Garotos não Choram).