Noite passada sonhei com o Snoopy. Snoopy, também conhecido como Gordo, meu querido e amado cocker spaniel preto, foi meu primeiro cachorro – aquele por quem tive pela primeira vez a responsabilidade de cuidar. Snoopy morreu aos 13 anos de idade, quando eu acabava de completar 23. Ou seja: lá se vão 20 anos. Ele é o tema de um dos capítulos do meu último livro, Tudo tem uma Primeira vez. Falo da minha relação com o Gordo em A primeira vez que fui dona de cachorro.
Muitas leitoras que já leram o livro me escrevem dizendo que choraram litros. Eu também chorei escrevendo. Porque o tempo faz com que a gente esqueça algumas coisas, e eu confesso que havia esquecido um pouco como Snoopy e eu vivemos momentos cruciais juntos. Imagina: dos meus 10 aos meus 23 anos, ele esteve diariamente ao meu lado. Passamos infância, adolescência e entrada na vida adulta juntos, Quantas experiências não dividimos…
Tenho várias fotos do Snoopy – e justamente aqui, onde agora escrevo, deveria colocar uma delas. Mas estão todas em uma gaveta na casa da minha querida mami. Uma gaveta que tentei abrir desesperadamente dia desses e está emperrada.
Mas não desisti. Hoje quero voltar lá e dar um jeito na maldita gaveta e dar jeito de resgatar minhas memórias de lá. Estava contando que sonhei com Snoopy e não lembro de ter sonhado com ele outra vez. Acho que foi a primeira. Acordei muito emocionada ontem e passei o dia meio fora do ar. No meu sonho, eu sentava no chão e acariciava muito o rosto dele. E ele estava jovem. Não estava cego nem velhinho, de carinha branca como estava quando morreu, nada disso. Estava um guri.
Acariciei muito o rosto do Snoopy durante o sonho, sentada no chão, ao lado dele. Foi um legítimo reencontro. Então, quando acordei, senti aquela sensação de vazio de uma despedida, uma nova despedida. E lembrei de uns livros que andei folheando na minha ida a Santa Maria. Estava lá na Athena Livraria, esperando o táxi que me levaria para a rodoviária e resolvi dar uma olhada em alguns livros de espiritismo. Puxei um, O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, e abri aleatoriamente numa página que falava sobre espíritos que se utilizam do sono do nosso corpo físico para darem uma volta no mundo espiritual e se (re)encontrarem.
Eis um capítulo que me chamou muito a atenção:
O Sono E Os Sonhos
Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
Não, o Espírito jamais fica inativo. Durante o sono, os liames que o unem ao corpo se afrouxam e o corpo não necessita do Espírito. Então, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.
Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?
Pelos sonhos. Sabei que, quando o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdades que no estado de vigília. Tem a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com os outros espíritos, seja deste mundo, seja de outro.
SERÁ QUE TU ENCONTROU O GORDO?
Pois é… Não sei. Mas que acordei e passei o dia com uma sensação de vazio, passei. E então, no meio da manhã, quando essa sensação estava ainda mais forte e juro que pensei que entraria em um estado de tristeza profunda, tive a melhor ideia e iniciativa dos últimos tempos: fui caminhar na esteira.
Eu sei, eu sei, eu sei que pode parecer loucura. Logo eu, a pessoa que mais amaldiçoa a esteira no mundo, recorri à ela em um momento de fraqueza. Mas foi a melhor coisa que eu fiz. Precisava liberar serotonina, dopamina e todos esses troços que dizem que promovem bem-estar mental na gente, sabe? Então, peguei meu iPad, coloquei no canal da Jout Jout no YouTube e, quando vi, tinha caminhado 45 minutos sem me dar conta. E o melhor: às gargalhadas.
Sim, Jout Jout!!! Obrigada! Sou sempre muito grata a você, como já contei no post Julia, minha mais nova melhor amiga.
E então, numa segunda-feira em que inferno astral + TPM juntaram-se às recordações e saudade do meu primeiro cachorro, eu, Mariana, prestes a completar 43 anos no próximo dia 19, fiz daquela que era uma rival dentro de casa a minha melhor amiga. A esteira da Mariana, vista por ela como uma arqui-inimiga transformou-se, em 40 minutos, em sua melhor amiga. Mariana e sua esteira vivem neste momento de suas vidas uma relação de amor e paixão enlouquecedoras. Selaram juras eternas de amizade e prometeram encontrar-se diariamente durante 40 minutos.
O que sempre me disseram e eu nunca quis acreditar: está chateada? Entristecida? Desenxabida da vida? Exercite-se. Além do mais, emagrece.
Adorei o texto e acho que um,dia encontraremos nossos queridos parceiros peludinhos! Tbm tive uma linda cocker chamada Do na.
Bom dia cara Mariana! Sou espírita Kardecista e fiquei muito feliz com o artigo. Usufrua mais do Livro dos Espíritos, bem como das outras obras básicas, “Evangelho Segundo Espiristismo”, “A gênese”, “O céu e o Inferno” e “o Livro dos Médiuns”, vais encontrar mas respostas do que imagina!
Conhecer a doutrina mudou a trajetória da minha encarnação (ainda bem) e a divulgo, tanto quanto posso, para que essa luz chegue ao maior número de pessoas possível!
abraço fraterno!
tenha ótima semana!
BjoJô