De uns tempos para cá, intestino tornou-se assunto em voga – também considerado nosso “segundo cérebro”. Após décadas de pesquisas, cientistas revelaram que um número alarmante de pessoas sofre de azia, náusea, dor abdominal, cólica, diarreia, constipação e problemas afins. Não raro, atribui-se essas doenças a uma fraqueza mental; hoje, porém, é possível considerá-las um reflexo de distúrbios no intestino.
Estudiosa do assunto e leitora assídua do blog, Roberta Mendes, nutricionista e doutora em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, enviou um artigo muito bacana com dicas que ajudam muito ao bom funcionamento do intestino – e receitinhas para contribuir com sua saúde. Obrigada, Dra. Roberta Mendes. Reproduzo na íntegra abaixo!
INTESTINO: NOSSO SEGUNDO CÉREBRO
Quando alguém falar que você nunca estará sozinho, acredite. Sim, você nunca estará sozinho. Não, eu não te conheço, não sei se você tem família ou amigos bacanas. Porém, eu sei que no seu intestino, assim como no meu e no de todos os seres da Terra, existem trilhões de bactérias, algumas benéficas para nossa saúde e outras nem tanto, mas de qualquer jeito você nunca estará sozinho, posso garantir.
No meio científico essa questão vem dando o maior “pano pra manga”, sabe? O que se pensava que era apenas um órgão do corpo com a função de absorver alguns nutrientes e eliminar resíduos do metabolismo caiu por terra.
Nos dias atuais, sabe-se que o intestino concentra uma alta quantidade de bactérias, e as bactérias intestinais estão envolvidas com o metabolismo de nutrientes no nosso corpo, com a causa de doenças do sistema nervoso, como, por exemplo, ansiedade e depressão.
O tipo de bactéria existente no seu corpo pode estar associado ao desenvolvimento de diabetes, obesidade, entre tantas outras doenças.
DOENÇAS DA CABEÇA PODEM TER ÍNTIMA RELAÇÃO COM PROBLEMAS INTESTINAIS
Se você quiser saber um pouco mais sobre o assunto, eu recomendo o livro de Giulia Enders, O Discreto Charme do Intestino. A autora transforma pesquisas complexas e longas sobre gastroenterologia em um assunto leve e até divertido.
LEITURA LEVE E MUITO INTERESSANTE
Como podemos ajudar as bactérias do intestino a trabalharem direitinho e incentivar a multiplicação das bactérias “do bem”? Acho que você já imagina a resposta, né? Comendo direito, ou seja, escolhendo os alimentos certos. Os alimentos probióticos (alimentos que contêm microrganismos vivos que ajudam no equilíbrio das bactérias benéficas e patogênicas) podem auxiliar. Quais são os alimentos probióticos? Em geral, os probióticos são produzidos a partir da fermentação do leite e de seus derivados. Uma dose para você conseguir algum benefício com os alimentos probióticos seria aproximadamente 80 ml de bebidas lácteas fermentadas.
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Também temos a opção de suplementos em cápsulas ou pó contendo as bactérias liofilizadas, o que dispensa refrigeração. Já os alimentos precisam estar em refrigeração para garantir seu efeito. Separei alguns exemplos de alimentos probióticos
MOLHO SHOYU
Fabricado a partir de mistura de grãos de soja fermentados por microrganismos (prefira, claro, os produtos sem glutamato monossódico na fórmula)
KEFIR
É um probiótico produzido pela fermentação do leite. No Kefir, existem grupos de bactérias que não existem no iogurte, como a Lactobacillus caucasus, Leuconostoc, e espécies de Acetobacter e Streptococcus. O kefir contém também leveduras benéficas como as Saccharomyces kefir e Torula kefir, que dominam, controlam e eliminam as leveduras patogénicas (prejudiciais) presentes no organismo.
SOPA MISSÔ
O missô é um ingrediente tradicional da culinária japonesa, produzido a partir da fermentação do arroz, cevada e soja com sal. O produto da fermentação é uma pasta usada para produzir a sopa de missô. Popular nos restaurantes japoneses, é ótima fonte de probióticos.
Para ajudar, preparei uma receitinha básica e simples de cream cheese de kefir para ser feita em casa. Nosso intestino e nosso cérebro agradecem!
Em uma jarra, adicione 500 ml de leite frio ou gelado e uma colher de sopa de grãos de Kefir. Cubra bem e deixe fermentando por 12 horas (se gostar de cream cheese menos ácido) ou deixe fermentando por 24 horas fora da geladeira se estiver em temperatura amena. No verão, com calor extremo, sugiro guardar na geladeira após a separação do soro. Às vezes, é rápido: em menos de quatro horas, o seu leite já fermentou.
Quer saber mais sobre Kefir? Então, espia aqui o texto da nutri Carina Borges!
KEFIR: Benefícios, receita e como cultivar em casa este superalimento
O priblema que geralmente pessoas com priblemas de intestido tem reacao alergica a Caseina uma proteina do leite existem muitas outras formas de se ingerir probioticos que nao sejam do leite e de soja ainda mais se for trangenica.
Bom dia flor do dia!!! Para evitar problema no estômago,
leite seria a primeira coisa a se evitar. Bem como soja, que e transgênica. Fica a dica!!! Grata pelo artigo.