Entra estação, sai estação, os modismos vêm e vão. Lembro do ido verão de 2006, quando começavam a surgir aqui e ali as massagens com pedras quentes. Eu morava no Rio, praticava yoga todos os dias no Nirvana, que morro de saudade – e, sempre que sobrava um tempinho livre, corria até o segundo andar da escola, onde fica o spa, para inventar de me submeter a alguma terapia. Nunca esqueci de uma massagem crânio-facial: a massagista ficou 50 minutos apertando minha cabeça. Quando terminou, não sabia quem eu era e muito menos onde estava.
Também lembro de uma massagem com pedras quentes que só começou a ficar boa mesmo depois da primeira queimadura. Sim, a massagista me queimou com uma das pedras, eu dei um salto da maca e quase me pendurei no lustre da sala. Coitada, ficou com uma vergonha, como diz o Bento, das grandes. Em seguida, administrou a temperatura das tais pedras, massageou meu corpo da ponta dos pés ao pescoço e novamente eu fui ao paraíso.
Agora andei lendo que a moda da vez são as “pindas”. Tratam-se de trouxinhas de linho aquecidas com diferentes tipos de ervas (camomila, jasmim, flor de laranjeira, alecrim, capim-limão, eucalipto) que prometem milagres. De origem chinesa, a Terapia das Pindas foi incluída há um mês no menu de massagens relaxantes do Le Spa, no Hotel Santa Teresa, no Rio, onde, noite dessas, a atriz Bruna Marquezine reservou a suíte de luxo (a mesma que recebeu a finada Amy Winehouse) para esperar seu amor, Neymar.
Bento, meu amor, este aqui não é um blog de fofocas de celebridades e eu não gostaria de perder o foco da Terapia das Pindas.
NINGUÉM QUER SABER DA TERAPIA DAS PINDAS
Como assim?
AS PESSOAS QUEREM SABER O QUE A BRUNA FEZ NA SUÍTE
A Bruna Marquezine não fez nada de extraordinário na suíte. Ela chegou por volta de 9h da noite (Neymar só chegaria às 2h da madrugada), solicitou arranjos e pétalas de flores, uma garrafa de Veuve Clicquot, chocolates e macarons de morango.
O que é “eca”, menino?
Eu não sei por que eu dou trela para este cachorro. Me deixa terminar o assunto da Terapia das Pindas. Bem, não é nada barata. Pelo preço, deveria ser milagrosa. Custa R$ 280 no Le Spa. E tem coisa ainda mais cara. A mesma terapia no WSPA, no Rio Design Barra, custa…. R$ 480.
QUATROCENTOS E OITENTA REAIS, MARIANA?
Pois é. Um absurdo. Mas podem parar de olhar pra mim com essa cara. Eu não tenho nada a ver com isso. Só estou dividindo uma novidade que fiquei conhecendo, mas que jamais pagaria qualquer um desses valores. Dizem os terapeutas do WSPA que a Pinda Sweeda, como é chamada por lá, alivia o estresse e renova o fluxo energético. Cá entre nós, qualquer massagem alivia o estresse e renova o fluxo energético, mas enfim… A Pinda Sweeda é aplicada por terapeutas e esteticistas que fazem uma levre pressão sobre as costas com as trouxinhas de ervas. O tempo de cada sessão varia de 50 minutos a 1 hora.
ESSAS SÃO AS TROUXINHAS DE LINHO COM ERVAS MILAGROSAS
Dois “trapinhos” de linho e ervas não deviam ser tão caras assim… Mas o engraçado é que se fosse barato, o público que frequenta esses spas não acharia graça. Só dão valor e acham bacana porque é caro e como diz o rei do camarote “dá statis”
Gastando tudo isso, acho que continuaria estressada…